Paranaenses compraram mais veículos usados que novos em 2016 23/01/2017 - 10:00
No último ano, mais paranaenses preferiram comprar veículos usados, ao invés de investir no carro zero. Dados do Detran (Departamento de Trânsito do Paraná) mostram que foram 1.685.716 veículos transferidos ou comprados com troca de município ou de Estado. Ao mesmo tempo, foram 236.594 veículos novos registrados pela primeira vez.
O número de primeiros emplacamentos em 2016 é menor registrado pelo Detran desde 2012, quando foram 467.926 processos - queda de quase 50%. Para o economista e doutor em Negócios, Carlos Bittencourt, entre os motivos está a crise financeira no país. “Com a instabilidade econômica no Brasil, as famílias passaram por reajustes orçamentários. Além disso, a facilidade de compra e a ampla oferta de carros usados e seminovos tornaram esta opção mais vantajosa”, aponta.
A menor procura por automóveis zero quilômetro é uma tendência verificada nos últimos três anos no Estado. Em 2014, foram 201 mil primeiros emplacamentos. No ano seguinte, esse número caiu para 136 mil e chegou a 101 mil em 2016.
O emplacamento de caminhões, ônibus e motocicletas também apresentou queda no período: - 62%, -58% e -29%. Os ciclomotores foram a única categoria que registrou alta e teve aumento de 164% nos registros. Para o Detran, a diferença está relacionada à regulamentação do licenciamento e da habilitação do tipo ACC, em março de 2016.
MUNICÍPIOS - As cinco cidades com as maiores frotas do Estado tiveram queda no primeiro emplacamento, na comparação entre 2015 e 2016. Em Curitiba a queda foi de 88 mil processos para 63 mil (- 28%). Em Londrina, de 15 mil para 12 mil (- 21%); em Cascavel, de 6 mil para 5 mil (- 15%); em Ponta Grossa, de 7 mil para 6 mil (-16%); e em Maringá, de 14 mil para 13 mil (- 12 %).
USADOS - O comércio de veículos seminovos ou usados também teve queda nos últimos três anos no Estado. Em 2014, o Paraná registrou 1.885.832 transferências. No ano seguinte, foram 1.793.743 e, em 2016, 1.686.716.
“O bolso pesou bastante na decisão dos paranaenses. Mesmo quem já tinha carro economizou e optou pela manutenção, ao invés da troca. Ainda assim, os clientes fizeram mais a manutenção necessária, deixando para depois toda troca de peças e serviço que pudesse esperar”, diz Wilson Bill, presidente do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado (Sindirepa).
Para o vice-presidente da Associação dos Revendedores de Veículos Automotores no Estado do Paraná (Assovepar), Antonio Gilberto Deggerone, a expectativa é que a venda de veículos usados seja estabilizada nos próximos anos. “Os indicadores e a própria economia estão conduzindo o nosso mercado para uma estabilização e recuperação gradativa. O cenário mais difícil já passou”, acredita.
SEGURANÇA - Quem estiver pensando em trocar de carro em 2017 e optar por um seminovo ou usado, deve tomar algumas precauções. “O primeiro passo é escolher uma revendedora idônea, pedir por veículos com certificado de periciado e levar em uma oficina de confiança para avaliação”, orienta o diretor-geral do Detran, Marcos Traad.
No site do Departamento também é possível saber mais sobre o histórico do veículo. No site xoops.celepar.parana/v3/detran2018, na aba Veículos, existem as consultas de Cadastro de Restrições e Extrato de Débitos (com base no número de chassi e Renavam), além do link “Verifique se o Veículo é Sinistrado”, que usa dados da Federação Nacional das Seguradoras (Fenaseg) e informa se o automóvel ou moto já sofreu acidente de grande monta, perda total ou incêndio, por exemplo.
COMPARATIVO - Pensar nas necessidades da família, preços e custos totais envolvidos no processo de compra ou troca do veículo também ajuda na hora de decidir entre o carro novo ou usado. É importante colocar no papel também os gastos com emplacamento, seguro, transferência e manutenção.
Para a assistente administrativa Liriane Kämpf, a relação custo-benefício pesou na hora da compra de um usado. “O carro que eu comprei tinha nove anos de uso, mas estava em bom estado de conservação. Além disso, a maioria das peças do carro ainda era original. Precisei trocar somente um dos amortecedores. Tudo isso, influenciou na decisão”, afirma.
Se a opção for por manter o carro próprio e não trocar por outro, nem novo, nem usado, a manutenção é essencial. “Tenha um mecânico de confiança e realize os serviços necessários periodicamente, além das manutenções antes de pegar a estrada para viagens longas”, alerta o coordenador de veículos do Detran, Herivelto do Carmo.
O número de primeiros emplacamentos em 2016 é menor registrado pelo Detran desde 2012, quando foram 467.926 processos - queda de quase 50%. Para o economista e doutor em Negócios, Carlos Bittencourt, entre os motivos está a crise financeira no país. “Com a instabilidade econômica no Brasil, as famílias passaram por reajustes orçamentários. Além disso, a facilidade de compra e a ampla oferta de carros usados e seminovos tornaram esta opção mais vantajosa”, aponta.
A menor procura por automóveis zero quilômetro é uma tendência verificada nos últimos três anos no Estado. Em 2014, foram 201 mil primeiros emplacamentos. No ano seguinte, esse número caiu para 136 mil e chegou a 101 mil em 2016.
O emplacamento de caminhões, ônibus e motocicletas também apresentou queda no período: - 62%, -58% e -29%. Os ciclomotores foram a única categoria que registrou alta e teve aumento de 164% nos registros. Para o Detran, a diferença está relacionada à regulamentação do licenciamento e da habilitação do tipo ACC, em março de 2016.
MUNICÍPIOS - As cinco cidades com as maiores frotas do Estado tiveram queda no primeiro emplacamento, na comparação entre 2015 e 2016. Em Curitiba a queda foi de 88 mil processos para 63 mil (- 28%). Em Londrina, de 15 mil para 12 mil (- 21%); em Cascavel, de 6 mil para 5 mil (- 15%); em Ponta Grossa, de 7 mil para 6 mil (-16%); e em Maringá, de 14 mil para 13 mil (- 12 %).
USADOS - O comércio de veículos seminovos ou usados também teve queda nos últimos três anos no Estado. Em 2014, o Paraná registrou 1.885.832 transferências. No ano seguinte, foram 1.793.743 e, em 2016, 1.686.716.
“O bolso pesou bastante na decisão dos paranaenses. Mesmo quem já tinha carro economizou e optou pela manutenção, ao invés da troca. Ainda assim, os clientes fizeram mais a manutenção necessária, deixando para depois toda troca de peças e serviço que pudesse esperar”, diz Wilson Bill, presidente do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado (Sindirepa).
Para o vice-presidente da Associação dos Revendedores de Veículos Automotores no Estado do Paraná (Assovepar), Antonio Gilberto Deggerone, a expectativa é que a venda de veículos usados seja estabilizada nos próximos anos. “Os indicadores e a própria economia estão conduzindo o nosso mercado para uma estabilização e recuperação gradativa. O cenário mais difícil já passou”, acredita.
SEGURANÇA - Quem estiver pensando em trocar de carro em 2017 e optar por um seminovo ou usado, deve tomar algumas precauções. “O primeiro passo é escolher uma revendedora idônea, pedir por veículos com certificado de periciado e levar em uma oficina de confiança para avaliação”, orienta o diretor-geral do Detran, Marcos Traad.
No site do Departamento também é possível saber mais sobre o histórico do veículo. No site xoops.celepar.parana/v3/detran2018, na aba Veículos, existem as consultas de Cadastro de Restrições e Extrato de Débitos (com base no número de chassi e Renavam), além do link “Verifique se o Veículo é Sinistrado”, que usa dados da Federação Nacional das Seguradoras (Fenaseg) e informa se o automóvel ou moto já sofreu acidente de grande monta, perda total ou incêndio, por exemplo.
COMPARATIVO - Pensar nas necessidades da família, preços e custos totais envolvidos no processo de compra ou troca do veículo também ajuda na hora de decidir entre o carro novo ou usado. É importante colocar no papel também os gastos com emplacamento, seguro, transferência e manutenção.
Para a assistente administrativa Liriane Kämpf, a relação custo-benefício pesou na hora da compra de um usado. “O carro que eu comprei tinha nove anos de uso, mas estava em bom estado de conservação. Além disso, a maioria das peças do carro ainda era original. Precisei trocar somente um dos amortecedores. Tudo isso, influenciou na decisão”, afirma.
Se a opção for por manter o carro próprio e não trocar por outro, nem novo, nem usado, a manutenção é essencial. “Tenha um mecânico de confiança e realize os serviços necessários periodicamente, além das manutenções antes de pegar a estrada para viagens longas”, alerta o coordenador de veículos do Detran, Herivelto do Carmo.