Mulheres acima de 25 anos procuram mais habilitação do que os homens 29/10/2015 - 10:32
Dados divulgados na quinta-feira (29) pelo Detran (Departamento de Trânsito do Paraná) revelam que as mulheres continuam buscando a primeira habilitação mesmo depois dos 24 anos. Elas superam os homens na conquista da CNH dos 25 até os 55 anos. Dos cerca de 114 mil novos documentos expedidos pelo Detran em 2015, para condutores nesta faixa etária, cerca de 20,66% (23.563) eram mulheres e 12,74% (14.528) eram homens.
Os números fazem parte de uma série de estudos do Detran que traçam o perfil da motorista paranaense neste mês em que é comemorado o Outubro Rosa, como lembrança da importância dos cuidados com a saúde feminina e no combate ao câncer de mama. “A ideia é levantar dados que nos apontem quem são as mais de 1,7 milhão de mulheres entre os 5,2 milhões de condutores no Estado”, conta o diretor-geral do Detran, Marcos Traad.
“Percebemos que homens e mulheres têm posturas diferentes no contexto do trânsito, o que exige compreensão do poder público ao lidar e comunicar com cada um. Os condutores encaram o processo de habilitação de maneira distinta e buscam a CNH em etapas diferentes da vida, com reflexos diretos na atitude e segurança no trânsito”, diz Traad.
FAIXA ETÁRIA - Nos oitos primeiros meses de 2015, foram emitidas 114.028 carteiras de habilitação no Paraná, das quais 58.717 são para os homens e 55.311 para as mulheres. A maioria delas ainda busca a CNH com entre 18 e 24 anos, assim como acontece com os condutores do sexo masculino, mas elas ultrapassam os homens conforme a idade vai avançando.
Na faixa entre 35 e 44 anos, por exemplo, as condutoras que conquistam a primeira habilitação representam o dobro dos novos habilitados do sexo oposto: foram 6.047 mulheres, contra 3.541 homens.
A professora Deborah do Rocio Quadros Cordeiro fez a CNH com 44 anos, só depois de perceber a necessidade para locomoção da família. “Numa cidade agitada como Curitiba, notei que tirar habilitação e comprar um carro iria me ajudar e facilitar a rotina da família. Essa foi uma conquista significativa e me trouxe outras possibilidades”, conta.
Para a analista de marketing Aline Luiza Eufrasio, que começou a dirigir com 30 anos, a opção foi financeira. “Quando eu tinha 18 anos, não dava para investir em um carro e eu preferi estudar e aguardar. Acredito que foi mais vantajoso tirar a carteira com a idade que tenho hoje, porque tenho responsabilidades diferentes e plena certeza que o risco se torna menor”, destaca.
Para o sociólogo Eduardo Emmerick, independente da faixa etária, o que se observa dentro da sociedade e do trânsito é que as mulheres estão conquistando cada vez mais espaço. Nos últimos cinco anos, de 2010 a 2014, o número de condutoras cresceu 29,66% no Paraná. As estatísticas mostram que as mulheres ainda buscam mais habilitação na categoria B, de automóveis e veículos de passeio.
“Por muitos séculos as mulheres foram oprimidas pelos esposos, pais e pela própria sociedade. Nas últimas décadas temos acompanhado uma nova realidade, as mulheres têm muito mais presença no mercado de trabalho, lutado pelo exercício dos seus direitos e até mesmo buscado novas formas de deslocamentos, como é o caso da habilitação, explica.
Neste ano, os municípios com mais mulheres com primeira habilitação foram: Curitiba (4.262), Cascavel (674), Ponta Grossa (672), Maringá (537), São José dos Pinhais (519), Londrina (511) e Foz do Iguaçu (473).
Os números fazem parte de uma série de estudos do Detran que traçam o perfil da motorista paranaense neste mês em que é comemorado o Outubro Rosa, como lembrança da importância dos cuidados com a saúde feminina e no combate ao câncer de mama. “A ideia é levantar dados que nos apontem quem são as mais de 1,7 milhão de mulheres entre os 5,2 milhões de condutores no Estado”, conta o diretor-geral do Detran, Marcos Traad.
“Percebemos que homens e mulheres têm posturas diferentes no contexto do trânsito, o que exige compreensão do poder público ao lidar e comunicar com cada um. Os condutores encaram o processo de habilitação de maneira distinta e buscam a CNH em etapas diferentes da vida, com reflexos diretos na atitude e segurança no trânsito”, diz Traad.
FAIXA ETÁRIA - Nos oitos primeiros meses de 2015, foram emitidas 114.028 carteiras de habilitação no Paraná, das quais 58.717 são para os homens e 55.311 para as mulheres. A maioria delas ainda busca a CNH com entre 18 e 24 anos, assim como acontece com os condutores do sexo masculino, mas elas ultrapassam os homens conforme a idade vai avançando.
Na faixa entre 35 e 44 anos, por exemplo, as condutoras que conquistam a primeira habilitação representam o dobro dos novos habilitados do sexo oposto: foram 6.047 mulheres, contra 3.541 homens.
A professora Deborah do Rocio Quadros Cordeiro fez a CNH com 44 anos, só depois de perceber a necessidade para locomoção da família. “Numa cidade agitada como Curitiba, notei que tirar habilitação e comprar um carro iria me ajudar e facilitar a rotina da família. Essa foi uma conquista significativa e me trouxe outras possibilidades”, conta.
Para a analista de marketing Aline Luiza Eufrasio, que começou a dirigir com 30 anos, a opção foi financeira. “Quando eu tinha 18 anos, não dava para investir em um carro e eu preferi estudar e aguardar. Acredito que foi mais vantajoso tirar a carteira com a idade que tenho hoje, porque tenho responsabilidades diferentes e plena certeza que o risco se torna menor”, destaca.
Para o sociólogo Eduardo Emmerick, independente da faixa etária, o que se observa dentro da sociedade e do trânsito é que as mulheres estão conquistando cada vez mais espaço. Nos últimos cinco anos, de 2010 a 2014, o número de condutoras cresceu 29,66% no Paraná. As estatísticas mostram que as mulheres ainda buscam mais habilitação na categoria B, de automóveis e veículos de passeio.
“Por muitos séculos as mulheres foram oprimidas pelos esposos, pais e pela própria sociedade. Nas últimas décadas temos acompanhado uma nova realidade, as mulheres têm muito mais presença no mercado de trabalho, lutado pelo exercício dos seus direitos e até mesmo buscado novas formas de deslocamentos, como é o caso da habilitação, explica.
Neste ano, os municípios com mais mulheres com primeira habilitação foram: Curitiba (4.262), Cascavel (674), Ponta Grossa (672), Maringá (537), São José dos Pinhais (519), Londrina (511) e Foz do Iguaçu (473).