Homicídios culposos no trânsito caem 16% no Paraná 17/03/2015 - 15:10
O Paraná teve mais uma expressiva queda no índice de homicídios culposos no trânsito, que são as mortes provocadas por motoristas, seja nas vias urbanas ou nas rodovias. Com 1.716 casos em 2014, houve uma redução de 16%, na comparação com o ano anterior, quando foram registradas 2.036 mortes.
As regiões de Londrina (-79%) e Guarapuava (-70%) tiveram as maiores reduções, de acordo com relatório divulgado pela Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária. Pela percepção dos policiais que fazem as fiscalizações constantes no trânsito, muitas das mortes provocadas por motoristas continuam sendo pela ingestão de bebidas alcoólicas antes de dirigir e por atitudes imprudentes, como velocidade incompatível com a via e desatenção.
Para coibir esse tipo de atitude, a ordem no Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv), durante o ano passado, foi intensificar as fiscalizações, principalmente com a utilização de radares fotográficos – naqueles pontos específicos das rodovias que foi detectado alto índice de acidentes – e o uso de etilômetros (bafômetros), conforme explica o capitão Sheldon Keller Vortolin.
“Além dessas ferramentas, os policiais fazem monitoramento online, conectados aos sistemas do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran), da Secretaria da Segurança Pública e do Departamento de Execução Penal (Depen). Essa gama de disponibilidades faz com que os policiais trabalhem assistidos”, informa o oficial.
De acordo com ele, as blitze constantes são imprescindíveis para manter a atenção dos motoristas. “Sentindo-se fiscalizado, o motorista vai ter mais cuidado, fazendo a sua parte, com respeito à legislação, ao limite de velocidade e a não ultrapassar em locais proibidos, por exemplo”, complementa o capitão Vortolin.
ÍNDICE EM CURITIBA – Na capital, o índice de homicídios culposos no trânsito caiu 10% no ano passado. “Fazemos de cinco a oito blitze diárias, inclusive na madrugada, com a intenção de tirar de circulação motoristas contumazes, que cometem infrações”, afirma o comandante do Batalhão de Polícia de Trânsito de Curitiba (BPTran), tenente-coronel Valterlei de Souza Mattos. A unidade policial prendeu 912 condutores em Curitiba, no mesmo período, somente pelo crime de embriaguez ao volante (crime previsto no artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro).
Já na análise entre os bairros, a Cidade Industrial de Curitiba (CIC) foi a localidade que, mais uma vez, apresentou maior concentração dos homicídios culposos no trânsito: foram 24 no ano passado. O acompanhamento dos casos na região demonstrou aos policiais rodoviários que um ponto de convergência de problemas é a Avenida Jucelino Kubitschek de Oliveira. “É uma via extensa, que corta praticamente todo o bairro, e com circulação intensa, tanto de pedestres quanto de veículos. Muitas vezes, os motoristas não tomam os cuidados necessários quando vão entrar ou sair nos acessos à pista”, aponta o comandante do BPTran.
A parceria entre os diversos órgãos que atuam no trânsito – como BPTran, Guarda Municipal, e as polícias rodoviárias Federal e Estadual – faz o trabalho fluir e tem influenciado nesses resultados, na opinião do delegado-titular da Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran) de Curitiba, Vinícius Augustus de Carvalho. “Com as prisões conseguimos evitar que esses condutores cometam outras infrações e causem acidentes”, diz ele.
O delegado acrescenta que têm sido mais frequentes as autuações em flagrante dos motoristas, que também ajuda a evitar situações. “O motorista é obrigado a pagar fiança, com a aplicação de multas administrativas feitas por órgãos de fiscalização e agentes de trânsito”.
Na outra ponta, a Região Metropolitana de Curitiba (RMC) aparece como o com maior aumento, onde os homicídios culposos de trânsito passaram de 82 para 130 (diferença de 58%). “O comportamento impulsivo e imprudente no trânsito podem ser fatal. Para evitar acidentes, é necessário que sejam cultivados valores como o respeito, tolerância e solidariedade. Exercitar o autocontrole e se colocar no lugar do outro também podem ser formas de frear as reações negativas na direção”, pontua o diretor-geral do Detran, Marcos Traad.
DADOS – O relatório estatístico criminal referente a homicídios culposos de trânsito não se refere à totalidade das mortes no trânsito, e sim àqueles inquéritos instaurados em que o motorista causou um acidente que culminou na morte de uma ou mais pessoas. As informações compilam os registros nas vias urbanas, em rodovias estaduais e federais.
Detalhes sobre os homicídios culposos de trânsito dos 399 municípios paranaenses e dos 75 bairros da capital estão disponíveis na íntegra do relatório produzido pela Coordenadoria de Análise e Planejamento Estratégico (Cape) da Secretaria da Segurança Pública.
As regiões de Londrina (-79%) e Guarapuava (-70%) tiveram as maiores reduções, de acordo com relatório divulgado pela Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária. Pela percepção dos policiais que fazem as fiscalizações constantes no trânsito, muitas das mortes provocadas por motoristas continuam sendo pela ingestão de bebidas alcoólicas antes de dirigir e por atitudes imprudentes, como velocidade incompatível com a via e desatenção.
Para coibir esse tipo de atitude, a ordem no Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv), durante o ano passado, foi intensificar as fiscalizações, principalmente com a utilização de radares fotográficos – naqueles pontos específicos das rodovias que foi detectado alto índice de acidentes – e o uso de etilômetros (bafômetros), conforme explica o capitão Sheldon Keller Vortolin.
“Além dessas ferramentas, os policiais fazem monitoramento online, conectados aos sistemas do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran), da Secretaria da Segurança Pública e do Departamento de Execução Penal (Depen). Essa gama de disponibilidades faz com que os policiais trabalhem assistidos”, informa o oficial.
De acordo com ele, as blitze constantes são imprescindíveis para manter a atenção dos motoristas. “Sentindo-se fiscalizado, o motorista vai ter mais cuidado, fazendo a sua parte, com respeito à legislação, ao limite de velocidade e a não ultrapassar em locais proibidos, por exemplo”, complementa o capitão Vortolin.
ÍNDICE EM CURITIBA – Na capital, o índice de homicídios culposos no trânsito caiu 10% no ano passado. “Fazemos de cinco a oito blitze diárias, inclusive na madrugada, com a intenção de tirar de circulação motoristas contumazes, que cometem infrações”, afirma o comandante do Batalhão de Polícia de Trânsito de Curitiba (BPTran), tenente-coronel Valterlei de Souza Mattos. A unidade policial prendeu 912 condutores em Curitiba, no mesmo período, somente pelo crime de embriaguez ao volante (crime previsto no artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro).
Já na análise entre os bairros, a Cidade Industrial de Curitiba (CIC) foi a localidade que, mais uma vez, apresentou maior concentração dos homicídios culposos no trânsito: foram 24 no ano passado. O acompanhamento dos casos na região demonstrou aos policiais rodoviários que um ponto de convergência de problemas é a Avenida Jucelino Kubitschek de Oliveira. “É uma via extensa, que corta praticamente todo o bairro, e com circulação intensa, tanto de pedestres quanto de veículos. Muitas vezes, os motoristas não tomam os cuidados necessários quando vão entrar ou sair nos acessos à pista”, aponta o comandante do BPTran.
A parceria entre os diversos órgãos que atuam no trânsito – como BPTran, Guarda Municipal, e as polícias rodoviárias Federal e Estadual – faz o trabalho fluir e tem influenciado nesses resultados, na opinião do delegado-titular da Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran) de Curitiba, Vinícius Augustus de Carvalho. “Com as prisões conseguimos evitar que esses condutores cometam outras infrações e causem acidentes”, diz ele.
O delegado acrescenta que têm sido mais frequentes as autuações em flagrante dos motoristas, que também ajuda a evitar situações. “O motorista é obrigado a pagar fiança, com a aplicação de multas administrativas feitas por órgãos de fiscalização e agentes de trânsito”.
Na outra ponta, a Região Metropolitana de Curitiba (RMC) aparece como o com maior aumento, onde os homicídios culposos de trânsito passaram de 82 para 130 (diferença de 58%). “O comportamento impulsivo e imprudente no trânsito podem ser fatal. Para evitar acidentes, é necessário que sejam cultivados valores como o respeito, tolerância e solidariedade. Exercitar o autocontrole e se colocar no lugar do outro também podem ser formas de frear as reações negativas na direção”, pontua o diretor-geral do Detran, Marcos Traad.
DADOS – O relatório estatístico criminal referente a homicídios culposos de trânsito não se refere à totalidade das mortes no trânsito, e sim àqueles inquéritos instaurados em que o motorista causou um acidente que culminou na morte de uma ou mais pessoas. As informações compilam os registros nas vias urbanas, em rodovias estaduais e federais.
Detalhes sobre os homicídios culposos de trânsito dos 399 municípios paranaenses e dos 75 bairros da capital estão disponíveis na íntegra do relatório produzido pela Coordenadoria de Análise e Planejamento Estratégico (Cape) da Secretaria da Segurança Pública.