Ele participou da mesa redonda abordando o Pnatrans e a importância da participação dos órgãos de saúde, e destacou o diferencial do Paraná com as ações desenvolvidas.

O Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR), participou do VIII Fórum Estadual do Programa Vida no Trânsito do Paraná (PVT), nesta quinta-feira (24). O evento reuniu cerca de 200 pessoas de forma online, sendo profissionais que atuam no Programa, estudantes, especialistas, colaboradores que trabalham com temas relacionados à segurança no trânsito, mobilidade segura e sustentável, infraestrutura, educação e prevenção de sinistros de trânsito.

Com o tema “Promoção da saúde e mobilidade segura e sustentável”, o ponto central das discussões trata do trânsito como fator determinante na saúde e a sua contribuição para o desenvolvimento de ações com foco na mobilidade segura e sustentável.

Além disso, estão sendo debatidos temas como o Desenvolvimento Orientado ao Transporte Sustentável e Saúde; Mobilidade Segura e Saúde Mental; Ciclomobilidade e Sistemas Seguros; Planejamento de Rotas Cicloturísticas; Meio Ambiente, Mobilidade Ativa, Segura e Sustentável e as Doenças Crônicas Não Transmissíveis e a Saúde no Pnatrans: contribuições para a redução de mortes e lesões no trânsito. 

O diretor-presidente do Detran-PR, Adriano Furtado, participou da mesa redonda abordando o Pnatrans e a importância da participação dos órgãos de saúde, e destacou o diferencial do Paraná com as ações desenvolvidas. “O Estado do Paraná tem este fator de integração e o PVT trouxe grandes contribuições, pois todas as cidades que tem PVT trouxeram importantes reduções na primeira década de segurança viária, redução de mortes, e agora, no segundo desafio até 2030, o Pnatrans é um norte para reduzir em 50% o número de mortes”.

Atualmente, 14 municípios paranaenses já implantaram o programa: Curitiba, Araucária, Campo Mourão, Cascavel, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Maringá, Londrina, Paranaguá, Paranavaí, Ponta Grossa, São José dos Pinhais, Toledo e Umuarama.

O Programa Nacional Vida no Trânsito é coordenado pelo Ministério da Saúde juntamente com a Organização Pan-americana de Saúde e apoiado por parceiros nacionais e internacionais. A coordenação da Comissão Estadual do PVT/PR é compartilhada entre a Secretaria de Estado da Saúde e o Detran-PR.

DADOS – No Paraná, de acordo com o Sistema de Informações de Mortalidade (SIM/Datasus/MS), foram registradas 2.526 mortes em decorrência de acidentes de trânsito em 2022. Cerca de 34% eram ocupantes de automóvel ou caminhonete, 28% ocupantes de motocicleta, 17% pedestres e 5% ciclistas. A maioria envolveu adultos com idades entre 20 a 59 anos (72,1%), com predomínio na faixa etária entre 20 a 29 anos (22,57%). Destes óbitos, 81,9% foram do sexo masculino.

Os municípios que desenvolvem a metodologia do PVT demonstram uma redução maior de óbitos e internações quando comparados aos demais. De 2018 a 2022, o conjunto de 14 municípios aderentes ao programa registrou uma redução de 3,9% (de 821 para 789) no número absoluto de óbitos por lesões de trânsito.

Com relação à taxa de internamentos por lesões de trânsito, de acordo com o Sistema de Informação Hospitalar (SIH), o Paraná inteiro teve queda de 5,65% (de 9,43 para 8,89 por 10.000 habitantes), mas nos 14 municípios o resultado foi 31,79% menor (de 11,31 para 7,71 por 10 mil habitantes).

Os acidentes de trânsito geram um alto custo para a saúde pública. Cada sinistro de trânsito fatal, com óbito no local, nas rodovias estaduais e nos trechos das rodovias federais situados no Paraná, custa aproximadamente R$ 935 mil. Os sinistros com vítimas não fatais custam em média R$ 143 mil.