O Departamento de Trânsito do Paraná (Detran) zerou a fila de exames médicos especiais na capital neste início de março e chegou a sobrar vagas – situação inédita nos últimos 20 anos. As informações foram divulgadas pela Divisão Médica e Psicológica do departamento nesta quinta-feira (5). O exame médico especial é feito por pessoas com deficiência que precisam tirar a carteira de habilitação.

“A redução foi possível com a portaria 208 do Detran, que permitiu credenciar novas clínicas no interior do Estado. Assim, o usuário pode fazer o exame em outros locais, além da capital”, explica o diretor-geral do Detran, Marcos Traad.

Até 2010, os exames médicos especiais eram feitos apenas na capital. Atualmente, além de Curitiba, os usuários podem optar por clínicas nos municípios de Colorado, Cascavel, Pato Branco, Marechal Cândido Rondon e Maringá.

RAPIDEZ - Nos últimos cinco anos, 10.524 exames especiais foram feitos pelo Detran e clínicas credenciadas no Paraná. Em 2010, quando 1.336 exames foram feitos, o tempo de espera chegava a seis meses.

Em 2014, o número de atendimentos mais que dobrou em todo o Estado e atingiu a marca de 2.748, número 105% maior na comparação com o período anterior.

O Detran reformulou o modelo do exame médico especial no início de 2013 para atender à exigência da lei, que prevê a presença de dois médicos para cada exame especial realizado, e mesmo assim conseguiu dobrar a capacidade de atendimento ao cidadão paranaense.

O exame médico especial é uma perícia médica que analisa a pessoa com deficiência com foco na direção de um automóvel. Caso a deficiência apresentada impeça que o condutor de dirigir um veículo convencional com segurança, são apontadas quais as adaptações serão obrigatórias.

O valor pago pelos usuários é de R$ 88,26. Para cobrir os custos das clínicas privadas, que devem contar com dois especialistas em medicina do tráfego para fazer os exames, o Detran subsidia parte do valor total.