Grupo debate em Curitiba estratégias para reduzir acidentes de trânsito 23/03/2012 - 16:20

O grupo paranaense que integra o projeto mundial Vida no Trânsito, uma parceria que envolve dez países, a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e a fundação Bloomberg Philanthropies, se reuniu nesta sexta-feira (23), em Curitiba. Até o final do ano, a meta é reduzir em 10% o número de feridos graves e mortes em acidentes de trânsito.

A Capital do Paraná é uma das cinco cidades brasileiras escolhidas para desenvolver ações especiais de segurança e educação no trânsito, junto com Campo Grande (MS), Palmas (TO), Teresina (PI) e Belo Horizonte (MG). Na primeira etapa do projeto, que vai até dezembro, cada uma delas definiu quatro objetivos a serem alcançados, dentro dos fatores de risco prioritários.

Em Curitiba, foram escolhidos como metas a redução de acidentes envolvendo trânsito e álcool, velocidade, motociclistas e pedestres, principalmente da terceira idade. “Nesta seleção foram avaliadas as questões que mais causam mortes e ferimentos graves”, explica o diretor do Detran, Marcos Traad.

“O importante é saber que estes problemas envolvem a todos e por isso a responsabilidade de agir também é de todos. Existe uma cadeia de responsabilidades e a população deve participar e cobrar os governos federal, estadual e municipal. Somente trabalhando juntos faremos a diferença”, diz ele.

Além do Detran e da Prefeitura de Curitiba, fazem parte do grupo a Secretaria de Estado da Saúde; as secretarias municipais de Trânsito, Saúde, Educação, Desenvolvimento Social, Comunicação Social, e Antidrogas; IPPUC; Bptran; Polícias Rodoviárias Federal e Estadual; Universidade Federal do Paraná; e Sociedade Brasileira de Ortopodia e Traumatologia – Regional PR.

Segundo o diretor de educação da Secretaria Municipal de Trânsito, Celso Mariano, a intenção é atrair ainda mais parceiros. “O projeto é importante tanto em questões de trânsito, quanto em saúde pública. Uma das preocupações para a execução das atividades é que se busque parceria com a iniciativa privada e se desenvolva o espírito da pró-atividade”, disse.

Dados da OMS apontam que cerca de 70% dos leitos de ortopedia e traumatologia são ocupados por vítimas de acidentes de trânsito. No Paraná, os últimos números divulgados mostram que foram 46,8 mil acidentes em 2010, que fizeram mais de 56 mil pessoas feridas e 2 mil vítimas fatais.